quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A MENINA E A BOLINHA DE GUDE AZUL

A aluna do curso de Veterinária de uma faculdade em Santos, costumava  pegar a fila corriqueiramente para retirar xerox. Como de costume, ao procurar moedas em seu bolso ,deixava cair coisas em um ralo que ficava bem em frente ao xerox. Em uma dessas vezes deixou cair sua bolinha de gude azul que estava no bolso. Em outra vez  ,  estava bem  atrás de seu professor que iria tirar xerox da prova de sua sala. Tentando olhar para as respostas da prova ela deixava, mais uma vez, cair moedas dentro do ralo. Não aguentando mais disse que tudo caia naquele ralo e que deveria ter um duende dentro do ralo que roubava as coisas...inclusive sua bolinha de gude.  Ela não sabia, mas seu professor havia feito um teste de encontrar uma bolinha de gude há um mês atrás. Para espanto dele a bolinha aparecia de modo muito espetacular...alguém havia lhe dito onde estava a bolinha. Ao olhar para o ralo lá estava a bolinha azul!!! Apesar de ter  considerado que o teste havia dado certo ficaria difícil pegar a bolinha de dentro do ralo...e assim a bolinha azul  lá continuou.


domingo, 27 de setembro de 2015

PRIMAVERA DE 2008- Experiência sobre o poder da intenção na atração de Bolinhas de Gude;

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Na primavera de  2008, motivado pelas leituras sobre o poder da intencionalidade, resolvi fazer um experimento que comprovasse  que meu pensamento pudesse afetar minha realidade. Desejei  pensar em um objeto qualquer e verificar se  o encontraria casualmente. Poderia ter sido um clips, alfinete... passei um tempo decidindo qual objeto iria focar. Eis que de repente me veio em mente uma bolinha de gude. Nunca mais tinha visto bolinhas de gude e resolvi de que iria encontrar uma bolinha de gude azul. Passei um mês olhando para o chão, em minhas caminhadas, sem de fato encontrar nenhuma bolinha de gude. Quando começava a esquecer o tal projeto, já desacreditando em tais possibilidades, as bolinhas começaram a aparecer de diversas formas e situações. Hoje somadas passam de 30 bolinhas (parei de conta-las). Em 2008 comecei a presentear meus alunos com bolinhas de gude os convidando a praticar a intencionalidade...surgia  então a bolinha de gude bem intencionada. Na época escrevia um blog contando sobre minhas experiências e a dos alunos e, incrivelmente,  pedidos começaram a aparecer pelo blog e a bolinha viajou pelo correio para outros Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais... A história da bolinha se propagou entre os locais onde trabalho e, desde então, anualmente tenho distribuído bolinhas de gude com o convite para praticar pensamentos de gratidão, doação e intencionalidade com o objetivo de criar uma corrente de boas intenções. Portanto se você está portando uma bolinha bem intencionada faça o teste e deseje algo que queira muito que aconteça em sua vida, mas antes de pensar no seu desejo, tenha gratidão e doe bons pensamentos para alguém. A BOLINHA BEM INTENCIONADA SERVE PARA FOCAR EM BONS PENSAMENTOS E MANIFESTAR SUA INTENÇÃO!!!  Ao embrulhar a bolinha para doação  junto meus pensamentos de gratidão e intenções  de felicidade para quem as receber. Em outra postagem contarei sobre as aparições das bolinhas, mas a que mais me chamou a atenção foi eu estacionar em uma garagem coletiva, abrir a porta do meu carro e quase pisar em uma bolinha de gude azul grande e toda riscada. Essa bolinha tornou-se a escolhida para minhas práticas das boas intenções diárias. Nesse ano  (Setembro de 2015) reativei o blog com o objetivo de divulgar a prática das boas intenções ao doar bolinhas de gude bem intencionadas.

sábado, 19 de setembro de 2015

BOLA DE MEIA BOLA DE GUDE- MILTON NASCIMENTO

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão


http://letras.mus.br/milton-nascimento/102443/

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ENCONTREI UMA BOLINHA DE GUDE - O QUE SIGNIFICA?

Imagine que você  deva ter encontrado uma bolinha de gude em uma situação inusitada ... Qual foi a sua sensação de ter encontrado a bolinha de gude? Surpresa? Dúvida? Mistério? Magia? Imagino que você deva ter experimentado uma pequena sensação de alegria pelo fato de ter encontrado um presentinho tão misterioso!!! Imaginou de entregar essa bolinha para uma criança, ou quem sabe deixar escondida lá no fundo do seu bolso para experimentar a sensação de estar cometendo um deslize em seu mundo adulto? Quem sabe despertou  essa alegria de ter te ligado a uma lembrança da infância ou a um objeto que despertou a sua criança interior!!! O importante é que em um momento tão conturbado na nossa sociedade e no corre-corre diário você pode parar por algum minuto e sair fora dos diversos problemas...essa foi a verdadeira intenção da bolinha de gude.
Então agora que você descobriu para que serve a bolinha, faça bom uso de sua bolinha de gude...comemore o fato de ter tido sorte de te-la encontrado... use-a para ter boas intenções (bons sentimentos). Se preferir, tenha 03 pensamentos básicos ao tocá-la:
1- Gratidão: imagine com gratidão fatos diários de sua vida: trabalho, amigos, família, bens..
2- Doação: doe seu sentimento bom (pensamento) para alguém e pense"desejo que tal pessoa tenha saúde, sucesso, felicidade" ou "desejo a paz para o mundo, "desejo felicidades para minha família, amigos, chefe"...
3- Intenção: Desejo que alguma coisa muito especial aconteça na minha vida: "Faça sua intenção!!!"

Cumprido os 03 passos cada vez que tocar na bolinha de gude você a terá transformado em uma "bolinha de gude bem intencionada".

O fato de ter sido doada, a bolinha já possui em "sua programação" a intenção de produzir bons sentimentos...

Boa sorte!!!

ORIGENS DA BOLA DE GUDE

  • Pelas descobertas arqueológicas e pelos registros pictóricos e escritos, o jogo praticado com bolinhas é antiquíssimo. Especula-se que ele tenha nascido nas eras pós-neolíticas. Deve ter surgido em vários grupos culturais que atingiram o estágio neolítico, atendendo a uma necessidade lúdica;
  • Povos primitivos faziam as bolinhas com pedra, argila, madeira ou osso de carneiro;
  • Na Grécia as crianças também jogavam com castanhas e azeitonas e em Roma, com nozes e avelãs;
  • De acordo com Câmara Cascudo, o popular gude já era conhecido pelos gregos e romanos como o nome de esbothyn e que estes também conheciam as bolinhas de vidro, PILA VITREA;
  • De origem desconhecida, tem-se a informação de que os faraós já praticavam o jogo (3 mil a.c.). A paixão era tanta, que diversas escavações encontraram bolinhas de gude nos túmulos dos soberanos egípcios;
  • Na ilha de Creta foram encontradas bolinhas feitas com pedras polidas de jade e ágata, datadas de 1450 a.c.;
  • A presença do milenar jogo na Europa é confirmada num quadro de Pieter Brueghel (1525?-1569), intitulado "Jogos Infantis", onde aparece, ao que tudo indica, uma variedade do jogo das bolinhas praticada em três ou quatro buracos no chão, o popular jogo de búrica, búlica ou papão brasileiro.

Nomes

  • Marble - países de língua inglesa;
  • Bille - França;
No Brasil, é chamada de bola ou bolinha de gude por quase todo território. Gude era o nome dado às pedrinhas redondas e lisas retiradas dos leitos dos rios. Em alguns estados e regiões ela ganha nomes variados, como:
  • Baleba - norte do Rio de Janeiro;
  • Bola de búrica - Paraná;
  • Búrica - região de Santa Catarina fronteiriça com o Paraná;
  • Bolinha de vidro - população luso-açoriana do litoral catarinense;
  • Chimbre ou ximbra - Alagoas;
  • Pereca - Pará Biroca - Minas Gerais (Bulinha em Belo Horizonte);
  • Bolita - Rio Grande do Sul.
Não se tem registro de bolinhas com o índio nativo brasileiro. Elas chegaram com os europeus, na bagagem lúdica das crianças portuguesas.

Modalidades de jogos

Para todas as modalidades, duas formas de jogos se apresentam: "à brinca" (quando o jogador mesmo perdendo o jogo, não perde suas bolas) e "à vera" (quando ele perde). Eis algumas modalidades conhecidas:
  • Lóca - se faz um buraco pequeno no chão, toma-se distância de mais ou menos 3 metros. Cada jogador escolhe meia dúzia de bolinhas, preferencialmente diferentes umas das outras. A partir disso, atira-se as bolinhas em direção ao buraco, o objetivo é enlocar. Começa quem conseguiu ficar mais próximo do buraco, cada vez que isto acontece (acertar o buraco), o dono da bolinha tem direito a retirar uma peça de cada jogador e torna-se o proprietário dela. Por isso que se dizia, "vamos jogar a ganhe [valendo] ou a brinques [não valendo]?" ;
  • Oca ou Roda (Niterói-RJ); Boca ou Búrico (Santa Catarina); Buraco (Cariri-CE) - compreende um círculo de mais de 2,50 metros de diâmetro com um buraco, pouco maior que a maior bola em jogo, no centro. Os jogadores, em número indeterminado, "tiram o ponto" lançando suas bolas em direção à buraca e tendo o cuidado de não "carambolar" ou "ferir" a bola do adversário. O que mais se aproximar dela será o primeiro, e assim sucessivamente, por ordem de afastamento. O primeiro tem direito a dar três "tecos", em cada jogada, na bola de cada um dos adversários, usando palmo. O objetivo perseguido por cada jogador é introduzir sua bola na buraca. Para tanto, procuram se aproximar dela e afastar com "tecos"as bolas inimigas. Perde a vez quem deixar cair a bola da mão ou não atingir a bola do adversário;
  • Triângulo - desenha-se um triângulo no chão e cada jogador põe 3 bolinhas dentro do desenho, pode ser nos vértices ou dentro do espaço das 3 linhas. Tomada a distância novamente, atira-se as bolinhas em direção ao triângulo. Se acertar uma bolinha de um adversário e tirar ela para fora do triângulo, ela passa a ser sua. Na jogada, a sua bolinha tem que bater na outra e sair junto do espaço do desenho, senão perde a vez;
  • Mata-mata (Rio de Janeiro), Corridinha (Santa Catarina ou Corre-atrás (Pará) - É a mais simples das modalidades. É praticada por dois ou mais jogadores. O primeiro, via de regra por ter se adiantado aos outros e gritando "Primeiro", lança a sua bola de gude numa direção qualquer. Segue-se o segundo, que procura atingi-lo; o terceiro; e assim sucessivamente, até voltar a vez do primeiro. Será vencedor quem conseguir eliminar os adversários por meio de "tecos";
  • Béu, Zepe ou Cetriz (Niterói - RJ) ou Barca (Vitória - ES) - Num terreno plano de terra batida, risca-se um elipsoide com cerca de 15 cm de eixo maior e 7 cm de eixo menor, variando de acordo com a quantidade de bolas a ser depositadas nele. Cada jogador "casa" um determinado número de bolas no interior do oval. Tira-se o ponto: o jogador que mais aproximar a sua bola privativa da linha do béu, atirando-a de uma certa distância, será o primeiro. O objetivo é "matar" o adversário ou retirar, de um só "teco", podendo usar o palmo, uma ou mais bolas do béu. Aquele que acerta, prossegue jogando até errar. Perde a vez se não consegue arrancar as bolas da cetriz ou deixa que a sua bola pessoal lhe escape da mão. O jogador atingido perde a partida e abandona o jogo;
  • Búlica (RJ); Papão (Lagoa Santa-MG e Espírito Santo); Búrica (norte do RJ); Burca (Alagoas); Peteca de Casas (Belém-PA) - Os jogadores devem cavar, no chão de terra, com ajuda de instrumento ou não, três pequenos buracos (búlicas) em linha reta, dispostos em ordem: primeiro, segundo e terceiro. Junto ao terceiro buraco, os jogadores atiram suas bolas de gude na direção do primeiro para "tirar o ponto". O que mais se aproximar dele será o primeiro, os demais o seguirão na ordem estabelecida. A seguir, o primeiro atira a sua bola em direção do buraco 1. Se acertar, poderá dificultar a entrada dos oponentes afastando as suas bolas com três "tecos" em cada uma e tendo o direito de fazer mais uma jogada para entrar na "búlica" seguinte. Se errar, será a vez do segundo, e assim por diante. Tendo penetrado no buraco 1, o próximo objetivo do jogador é conquistar o buraco 2 e em seguida o buraco 3 (primeira de "papa"), para retornar, passando novamente pelo buraco 2 (segunda de "papa"), ao buraco 1 (terceira de "papa"). Aquele que consegue cumprir à risca esse percurso torna-se "papa";
  • Chepinha (São Fidélis-RJ); Zepi (Petrópolis-RJ) - risca-se no chão uma figura em forma de arco, denominada "chepa", no interior da qual dois meninos "deitam"- cada um - uma bola. Traçam-se duas linhas, uma de cada lado do arco e afastadas deste. Em seguida, tira-se o "ponto". O jogador que fizer sua bola mais se aproximar de uma das linhas, previamente escolhida, será o dono do jogo. Caberá a ele indicar ao adversário o modo de lançar a bola, que será também o seu modo. O objetivo é retirar com toques da bola privativa - lançando-a de pé, ora de uma linha, ora de outra - as bolinhas casadas na "chepa". Enquanto houver uma bolinha na "chepa", o jogo prossegue. Se um dos concorrentes arrebatar as duas bolinhas, será o vencedor. Se, todavia, cada um retirar uma, o jogo terminará empatado;
  • Rapa-põe-tira-deixa (Rio de Janeiro) - consiste num grande retângulo traçado no chão e dividido em quatro partes, cada uma delas correspondente às palavras "rapa", "põe", "tira" e "deixa", indicadas por suas iniciais. Paralela ao retângulo, fica a linha do "ponto". Só dela, estabelecida a ordem de sucessão, os jogadores poderão lançar suas bolas pessoais em direção ao retângulo. Se a bola estacionar no compartimento correspondente a "rapa", seu dono arrecadará todas as bolas em disputa, guardadas num local próprio ou sob a responsabilidade de alguém que não esteja participando da peleja. Se cair no "põe", deve o jogador depositar o número de bolas correspondente ao combinado. Parando no "tira", recuperará apenas o que "casou". E, finalmente, no "deixa", não ganhará nem perderá nada;
  • Circuito ou Caracol (Niterói-RJ) - O campo de jogo assemelha-se a uma raia de corrida com 10 cm de largura, situada entre dois elipsoides concêntricos, tendo mais ou menos 4 metros de eixo maior e 2 metros de eixo menor. Pode possuir também o formato de espiral ou caracol. Tanto em um como em outro, constrói-se uma série de obstáculos, tais como pontes, rios, fossas, elevações, labirintos, canais, túneis etc., de forma a dificultar a conclusão do circuito. Cada jogador tem direito a três jogadas com o uso do palmo e pode dar três "tecos" num só adversário ou em outros. Se sair da pista por qualquer motivo, deve voltar à estaca zero para recomeçar o percurso. Caindo num obstáculo, permanece ali até que todos o tenham superado. Ganha o jogador que primeiro concluir o circuito.http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_fisica/0003.html