terça-feira, 14 de janeiro de 2020

NOVA REALIDADE

  



 Imagine que você foi convidado para fazer com que pessoas enxerguem um novo mundo em que elas não tem percepção ou nem imaginam como seja. Eu tenho essa tarefa todo ano de ensinar o aluno a  enxergar o mundo microscópico das células e tecidos que formam o corpo humano, através do microscópio óptico e de cortes bem finos de tecidos biológicos corados, onde o aluno terá que visualizar desde a célula até sua organização em tecidos mais estruturados como por exemplo o tecido nervoso, ósseo, muscular... Como a grande maioria nunca olhou para essa nova dimensão, tenho que treinar o aluno para criar nova percepção. É uma tarefa relativamente difícil, pois a maioria não está ambientado a olhar para o micro. 

    Quando eu era ainda estudante do antigo Colegial (lá pelos anos 80), adorava a série Cosmos apresentada pelo Astrônomo Carl Sagan. Uma vez fiquei impressionado com uma representação que fez sobre a realidade. Ele cortou figuras geométricas planas em papel cartão representando seres de um planeta onde todos eram figuras planas e colocou sobre uma mesa . Depois inseriu uma maça nesse planeta dizendo que se isso acontecesse as pessoas enxergariam apenas uma parte plana da maçã e não a forma tridimensional.

    Desse modo eu começo o curso na Saúde com cortes de limão, cortes de talos, cortes de ovo para que o aluno primeiro entenda como é observar algo que é tridimensional em apenas duas dimensões. Preparo um sanduíche de pão de forma com manteiga no meio e azeitonas sem caroço para mostrar como é uma membrana celular e outras idéias que surgem para tornar a compreensão melhor.

   Uma vez eu estava almoçando na lanchonete da Faculdade em que lecionava  e uma ex-aluna que já estava nos últimos anos sentou-se para almoçar comigo. Ela é bem divertida e começou dizendo que descobriu no último ano do curso de Enfermagem que o curso era feito em aprender sobre as "bolinhas". Quando aprendeu sobre a célula entendeu que era uma bolinha, o tecido várias bolinhas, a Bioquímica eram várias bolinhas juntas realizando funções, a Patologia eram bolinhas defeituosas e a Farmacologia nada mais era que bolinhas ajudando bolinhas defeituosas a se organizarem. Achei muito engraçado no começo sua percepção, mas depois pensei que fazia sentindo. Continuei a conversa falando sobre o átomo que também eram bolinhas e mais ainda as estruturas internas do átomo como elétrons e nêutrons, sem falar dos planetas... 

   Outro fato engraçado é que ganhei o apelido de Professor Bolinha por ensinar os alunos a desenharem bolinhas e também por ser autor desse blog e doar Bolinhas de Gude Bem Intencionadas nos primeiros dias de aula.

   Essa história de nós apresentarmos dificuldades em enxergarmos uma nova realidade é bem interessante. No livro Quem Somos Nós tem uma história de uma Seguradora Americana que tentava resolver um problema em uma determinada cidade: os pilotos sempre procuravam uma estrada mais vazia para pousarem em caso de pane e raramente tiravam o avião da estrada porque não calculavam o espaço para isso e sim para apenas a sobrevivência. Frequentemente os carros batiam nesses aviões que já estavam parados na estrada e, quando questionados,os motoristas diziam não terem visto o avião e num momento estavam dirigindo e no outro se chocando com alguma coisa. A companhia de seguros encontrou a razão para isso acontecer: a última coisa que um motorista esperava ver numa estrada era uma avião, portanto não vêem.

   Isso leva a conclusão que construímos a realidade com nossas lembranças, emoções e associações. Criamos a realidade e vivemos nesse modo operacional. Para que ocorram informações novas devemos abrir nossa mente para essas novas realidades como encontrar um avião estacionado no meio da estrada ou enxergar um vaso sanguíneo em uma lâmina de tecido biológico.

 Nossas crenças e aprendizados são chamados de paradigmas. Mas como esses paradigmas nos afetam? Como enxergar além das nossas emoções? O que estamos dispostos a fazer para perceber alguma coisa nova?

   Lembre-se de uma coisa... primeiramente tem que treinar e que se você já foi atraído para uma Bolinha de Gude  Bem Intencionada, deverá  agora reprograma-la para a criação de novas realidades. Como fazer isso? A primeira coisa a fazer é testar: Primeiro crie um pensamento: " Eu quero que algo muito estranho aconteça no meu dia e me mostre que eu fui responsável pela criação dessa realidade."A segunda coisa a fazer é um teste. O meu foi encontrar uma bolinha de gude azul e apareceram muitas bolinhas de diversas maneiras muito curiosas (contado em outro post). A terceira coisa a fazer é acreditar que você pode mudar uma realidade e estar disposto a enxergar as novas possibilidades que surgirão.

   Quando meus alunos de fato descobrem como enxergar a realidade do mundo microscópico se maravilham com os achados dos diversos tecidos histológicos e estruturas que compõem o corpo humano. Mas primeiro tem que aprenderem como enxergar e isso leva um tempo. Primeiramente ficam maravilhados no primeiro ano com Anatomia já que conseguem visualizar as estruturas anatômicas. Reclamam um pouco para conseguirem enxergar o mundo microscópico, mas quando isso acontece se maravilham (alguns passam o ano todo dizendo não entender nada) e  a grande maioria simplesmente odeia  Bioquímica por não conseguir  interpretar o mundo microscópico funcionando dentro das células.

   Parte dessa postagem retirei do livro Quem Somos Nós e, além do filme, um dia passei na livraria e olhei para esse livro com a intenção de compra-lo. Passado um bom tempo (no dia seguinte ao meu aniversário) no qual eu tive um pensamento de ganhar um presente inesperado, esse livro surgiu como um presente deixado por alguém na estação do Metrô São Paulo (linha lilás) na caixinha destinada a compartilhar livros. Sem falar que um mês antes eu tinha deixado o livro que escrevi de presente para alguém com boas intenções. Portanto, doação e gratidão do meu ato criou uma realidade  e minha intenção de ganhar um presente aconteceu quando encontrei o livro Quem Somos Nós, deixado por alguém.

   Para você enxergar mais além, faça o teste do zoom abaixo e em cada quadro tente interpretar o que está observando e se corresponde a realidade de sua interpretação.








   Para terminar, deixo meu fraterno abraço às pessoas que encontraram uma bolinha de gude nesses últimos dias (dia 09 a 13 de janeiro de 2020). Preparei com muita boa intenção apenas 50 Bolinhas de Gude Bem Intencionadas e as deixei por Campinas, Guaxupé, Muzambinho, Areado e Atibaia. Sinta-se sortudo em ter encontrado a Bolinha e o manual de uso e faça bom proveito em criar novas realidades. Use a Bolinha para "gravar" esses novos pensamentos.

Boa Sorte!!!


ARNITZ,WILLIAM; CHASSE, BETSY; VICENTE, MARK; Tradução LIMA, DORALICE. Quem somos nós? A descoberta das infinitas possibilidades de alterar a realidade diária.Rio de Janeiro: Prestígio Editorial,2007.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

COLAPSAR NOVAS REALIDADES

Eu procuro deixar uma informação mais simples e acessível nesse blog de modo que a maioria consiga compreende-la. Tentarei falar sobre esse assunto de uma maneira mais simples possível. Na Biologia ( a Ciência que estuda a vida) existem vários  níveis de organizações entre os seres vivos. Observe a figura abaixo:



Esse assunto eu deixo sempre para a primeira aula em cada curso que começo na área da Saúde.  Você consegue perceber que somos formados por átomos que se organizam em moléculas que formam organelas no interior de uma célula que se organiza para formar tecidos e sistemas dentro de um organismo? E que vários organismos vivem em comunidades e ecossistemas participando do planeta Terra denominada Biosfera?

O cientista James Lovelock (desenho abaixo) criou uma teoria e escreveu um livro chamado Gaia- Uma nova visão da vida na Terra . É possível observar no desenho abaixo ele mergulhado dentro de uma célula interagindo com o meio ambiente. Para ele, todos os sistemas estão integrados e não existem separações entre átomo, molécula até chegar na biosfera. A nossa ação gera reação do planeta como um organismo vivo.



Eu costumo perguntar na minha primeira aula: " Qual dos componentes da Organização dos Seres Vivos é mais importante para a manutenção da saúde humana?"  É claro que fica um silêncio, pois é o primeiro dia e a maioria está tímido, mas começam a arriscar palpites até que um fala: "Professor...tudo é importante." Daí solto aquele ahhhhh de satisfação e falo sobre  a teoria Gaia ( inclusive Gaia é nome da minha gata).

Quando chegamos na parte menor do ser humano que seria o átomo, os físicos entram na "parada" e falam que existe a partícula e a energia. E pra piorar ainda complicam um pouco mais:  A "substância" quântica é, essencialmente, ambos: o aspecto onda e o aspecto partícula simultaneamente. Essa "substância"  se relaciona com outras substâncias presentes em outra localidade ou tempo. Portanto, nós fazemos parte de uma rede de energia invisível que se interconecta. Então nossa consciência, cultura, pensamentos afetam toda essa rede de "substâncias invisíveis". 

Portanto, Quem sou eu? Quanto pesa esse eu? O que é mente? O que é corpo? Como se interagem? O que é inconsciente coletivo?

Nós  vivemos de maneira alienados no mundo vivendo entre as forças da natureza que nos  impulsionam sem que possamos entender o microcosmo (átomos) e o macrocosmo( relação entre os seres vivos), bem menos a relação das galáxias e o Universo.

O termo muito utilizado nos dias atuais  é a manipulação da energia quântica a favor da criação de novas realidades . Esse termo muito comentado pelo meio científico e pelos leigos  chama-se  "colapsar".  

Um dos experimentos imaginário  bem  interessante  realizado  na física foi o gato de Schrödinger. O gato imaginário do Cientista Schrödinger foi colocado em uma gaiola de laboratório usadas para experimentação com animais, só que as  paredes  eram  sólidas de modo que o cientista não conseguiria enxerga-lo  Dentro da caixa fechada, Schrödinger planejou seu experimento. Ele colocou um pedacinho de material radioativo lá dentro, sendo que este material radioativo tem uma chance de 50% de emitir uma partícula de decaimento para baixo. Se a partícula for para cima ela encontra um detector de partículas que, por sua vez, aciona uma alavanca que libera um veneno letal para dentro do prato de comida do gato. O gato come e morre. De forma semelhante, se a partícula for para baixo é acionada uma comida sem veneno e o gato come e não morre .A conclusão desse experimento é que o gato poderia estar tanto vivo como morto. Existem várias possibilidades: O gato comeu o veneno e morreu (Possibilidade I) e que o gato desfrutou de uma nutritiva refeição e vive (Possibilidade II). Somente quando a função de onda "entrar em colapso", no momento em que todas as possibilidades que ela descreve  se solidificarem numa realidade fixa, é que poderemos obter um gato para acariciarmos ou enterrarmos. Um colapso (ou ponto de decisão) desse tipo tem de acontecer mais cedo ou mais tarde pois, conforme consta na história do gato, quando abrimos a jaula e observamos o animal participamos do mecanismo de colapsar. Seguindo o raciocínio de Schrödinger, as duas realidades aconteceriam simultaneamente e o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo até que a caixa fosse aberta. A presença de um observador acabaria com dualidade e ele só poderia ver ou um gato vivo ou um gato morto.




Só pra concluir, apesar de ter dito que não complicaria ( mas a vida não é simples), estamos interconectados por mecanismos biológicos que se interagem.A matéria também é formada por partículas e ondas e também se interage com outras matérias em outras dimensões (vixe...agora lascou!!!)  Somos formados por corpo e mente. Ao definir corpo cria-se uma confusão porque o próprio entendimento da matéria é difícil pela física. Ao se definir mente a coisa fica mais difícil. Mas a mente afeta o corpo e o mundo em que vive. Essa idéia do observador mudar a realidade da matéria é incrível porque ao observamos criamos uma realidade dentro de várias possibilidades.  O treino da PIQ (Prática da Intencionalidade Quântica)  de que tenho descrito nesse blog começa por se tornar um observador ativo e realizar testes de criação de novas realidades. Eu contei em postagens mais antigas algumas dessas manifestações interessantes.

A dica principal para "colapsar" e atrair o que deseja é primeiramente desejar e depois não desejar. A prática da gratidão, doação e intenção é essencial nesse mecanismo. Mas no momento da Intencionalidade , ou seja, no momento de manifestar o seu desejo é o sentimento que deve ser ajustado para que isso aconteça.

Quando eu morava em outro prédio (sétimo andar) na maioria das vezes que saia para pegar o elevador, o mesmo parava e abria a porta sem que eu ou alguém tivesse apertado o botão. No começo achava coincidência, depois comecei a ficar assustado e depois achava bem legal. E não era alucinação porque minha esposa presenciou várias vezes o fenômeno. Quando eu saia do meu apto e lembrava do elevador nada acontecia. Quando eu saía distraído, lá estava o bendito elevador me esperando com suas portas abertas. Eu acabei escrevendo para um cientista que aparece no filme o Segredo ( Fred Alan Wolf) e perguntei sobre isso e ele me respondeu sim que eu poderia estar colapsando e atraindo o elevador. Isso me animou muito!!! Imagina o poder que existe dentro da gente!!! Mas depois de um tempo a empolgação diminui  e voltamos a nossa rotina alienada até algo novo acontecer e nos despertar do mundo da ilusão.

Assista Dr. Quantum para saber mais sobre a matéria ser onda ou partícula:






 Referências:

GOSWAMI, A. O médico quântico: Orientações de um físico para a saúde e a curaSão Paulo. Editora Cutrix 1 Ed. 2006.

VERSINASSI, A. O  que  é  o  Gato  de  Schrödinger?   Revista  Super Interessante. , Publicado em 18 abr 2011, 18h56 Disponível em:  <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-o-gato-de-schrodinger/>

ZOHAR, D. O Ser Quântico:  Uma visão revolucionária da natureza humana E da consciência, baseada na nova física. Editora Best Seller. Disponível em: <https://cld.pt/dl/download/97be0423-7394-4ade-a1cc-08bfaab67ae4/o%20ser%20quantico-danah%20zohar.pdf>