domingo, 30 de abril de 2017

Felicidade = Transformação do Estado de Vida

VÍDEO ITINEN SANZEN


  O conceito de Itinien Sanzen, descrito pelo Buda Tien-tai,  tem como definição o  um único momento na vida. Esse conceito descreve que em um único momento da vida existem 3.000 possibilidades ou mundos. São 10 estados de vida e em cada um desses estão contidos os outro 9 estados (possessão dos mundos). Por exemplo, a pessoa no estado de inferno contêm o estado de buda e também os outros oito estados. Portanto os 10 mundos contem dentro os próprios 10 mundos (10 x 10 = 100).   Esses mundos são influenciados pelos 10 fatores (100 x 10 = 1000) e relacionam-se com os 3 domínios da existência (1.000 x 3 = 3.000). Portanto, o nosso estado de vida depende da possessão mútua entre os próprios estados e relacionados com os fatores e domínios da existência.

  Eu gosto muito dessa classificação, pois Tien-tai consegue relacionar o estado de vida de um ser vivo com suas causas internas e influenciados pelos domínios externos da sociedade que é nossa relação com o mundo natural e social e o uso dos cinco sentidos. Só para ilustrar um pequeno exemplo, imagine  que nossa aparência é influenciada pelo ambiente em que vivemos e nossas causas internas. A medida que melhoramos nosso estado de vida (causa interna) transformamos nosso ambiente exterior e nossa própria aparência. Esse é o princípio do budismo e da felicidade: a transformação do estado de vida.


VÍDEO: OS 10 MUNDOS


LINK OS 10 FATORES:

OS 10 FATORES



Para conhecer mais:

TESE DOUTORADO O CUIDAR NA PERSPECTIVA DO BUDISMO


http://www.bsgi.org.br 





sábado, 29 de abril de 2017

DIMENSÃO DO AMOR

   Quando você se livra de todos os apegos egoístas, quando acredita que o amor é o núcleo de sua natureza, sente uma paz completa. Nessa paz existe uma semente de doçura percebida no âmago do coração e, a partir dessa semente, com paciência e devoção você nutre o supremo estado de alegria, conhecido como êxtase. Em termos espirituais, amar é simplesmente natural, pura consciência, puro amor, puro espírito. Nós distraímos o amor pela atração sexual, emoções instáveis e dogmas religiosos. O motivo de não nos sentirmos completamente amados e dignos de amor é não nos identificarmos com a nossa natureza espiritual. Nosso senso de amor perdeu a única coisa que não poderia ser deixada de lado: nossa dimensão mais elevada. Como restaurar essa parte perdida de nós mesmos? A dúvida reflete o ego que está preso no tempo e no espaço; o amor reflete a divindade. Portanto, o caminho para o amor não é uma escolha, pois todos nós precisamos descobrir primeiramente quem nós somos. O caminho pode ser adiado, você pode perder fé nele, ou até mesmo perder a esperança na existência do amor. Nada disso é permanente: só o caminho.

  Para nos conhecermos precisamos responder primeiramente a pergunta:  O que nos torna humanos? Seria a cultura? Inteligência? Linguagem? Humor? Para o prêmio Nobel alternativo de economia Manfred Max-Neef  seria a estupidez, já que os animais ditos irracionais não fazem coisas estúpidas como a destruição sem sentido. Para Albert Einstein duas coisas parecem infinitas: O Universo e a Estupidez Humana. Essa estupidez seria devido a agressão passiva, traduzida pela indiferença dos que não se importam com o bem comum e causa humana. Para Mahatma Gandhi a estupidez é considerada a pior e mais destrutiva doença. Nosso problema é que criamos um conceito de "normose" ou normalidade pelos sistemas corrompidos e o indivíduo ajustado a esse sistema torna-se normal. 

  Cada vez mais é possível verificar na população brasileira essa "normose", falta de amor e estupidez. O ego se manifesta em cada atitude de desprezo pelo outro nos transportes e espaços públicos. Mas o mesmo indivíduo que age dessa forma reclama da humanidade. Eu tenho o hábito de reparar nos carros das pessoas os adesivos de religião. Principalmente quando desrespeita as leis de trânsito e os pedestres. Outro dia, ao atravessar a faixa de pedestre na Vila Mariana pude presenciar um motorista que nem se apercebeu de minha existência. Fiquei a pensar que se ele estivesse fora dessa "normose", daria passagem, primeiramente a minha pessoa, e quando olhei para o carro encontrei uma marca da mesma filosofia e organização que sigo.  Isso me fez refletir muito, inclusive em minhas próprias atitudes, pois esse estado de "normose" para a ausência do outro está arraigado até naqueles que praticam religiões e filosofias virtuosas. 

  A prática do amor ajuda na recuperação. Quantas experiências relatadas de uso de animais, como cães, em lares idosos e hospitais, os palhaços e músicas tocadas em ambientes de saúde para melhorar a condição do doente?  Essa postagem é apenas um convite para buscar o amor dentro de nós mesmos e olhar para o outro com respeito e dignidade, sair da "normose doentia" e não esperar acontecimentos externos para sermos felizes.  Vamos nos aproximar mais do amor profundo por nós mesmos, pelo planeta, pelos habitantes desse planeta. Não vamos apenas nos indignar com o estado normal de estupidez que se estabeleceu na maioria, mas vamos buscar em nós mesmos se não estamos também refletindo esse estado. Quando deixamos de culpar a falta de amor dada pelas outras pessoas a nós mesmos, estaremos no caminho certo  para o amor espiritual que se liberta da análise do ego e se desprende de qualquer dogma.



CREM, ROBERTO.  Compreensão: convergência entre o Saber e o Ser. UNIPAZ | Portal do Campus Rio. Disponível em: http://www.unipaz.com.br/compreensao.html


 CHOPRA, DEEPAK. O caminho do amor. Editora Rocco. São Paulo.  1999

sábado, 15 de abril de 2017

EU MAIOR



" O motivo por você não sentir-se completamente amado e digno de amor é não identificar com a sua natureza espiritual. Seu senso de amor perdeu a única coisa que não pode ser deixada de lado: sua dimensão mais elevada."
                  Deepack Chopra